Análise debate Donald Trump x Joe Biden

Debate Trump x Biden

Primeiros Momentos:
Falta de cumprimento inicial pode ser um bom indicador que há uma predisposição para o embate, e nisso Donald Trump teve maior responsabilidade, quando entra em palco Joe Biden já lá estava.
Biden – Entrada no debate revela o seu estado emocional. Esboça um cumprimentos para o publico com uma voz muito trémula, imperceptível, sem expressividade, acompanhada por uma linguagem corporal muito regida, sem dinâmica, corpo muito direto [postura convencional de Biden] sem esboçar qualquer dinâmica ou estado de poder.
Trump – Um pouco mais expressivo com maior dinâmica, mas também sem grande poder associado. Corpo mais projetado para a frente, pode ser revelador de maior predisposição para o debate. Na análise da linguagem corporal, a postura de pré assalto é sempre reveladora desse mesmo estado e Trump evidencia essa disposição. Projetamos a cabeça para a frente e para baixo quando estamos disponíveis para o combate, é uma reação que não controlamos e que podemos ver em vários animais quando investem contra os seus opositores.

Neuropercepção:
Podemos referir-nos a Bastian ou Todorov para referir que o tom e manchas na pele marcam ou determinam o que pensamos dos outros em aspetos relacionados como a saúde, o estado de debilidade, a atratividade, a confiabilidade, entre outras características.
Trump exibe um tom de pele mais bronzeado, “provavelmente mais maquilhado” dando um predisposição para uma percepção de maior jovialidade.
Biden muito pálido transmite “debilidade” e vincula esta percepção com a sua entrada inicial, muito apática. Estes aspetos associados falta de expressividade facial são um cocktail perfeito para esta percepção.

Movimentos Corpo + Mãos:
Trump enfatiza muito o que comunica, as mãos são um forte “assessório” da sua comunicação, pauta bem o discurso, dá boa amplitude à comunicação verbal.
Biden parece muito estático, sem dinâmica, não utiliza o corpo para enfatizar e amplificar a sua comunicação [verbal]. Com a idade tendemos a ser menos expressivos e isso é notório na comunicação de Biden [pelo menos neste debate].

Face:
Trump exibe por variadíssimas vezes expressões faciais de desprezo, com falsos sorrisos associados, indicando a sua superioridade face ao que lhe é transmitido e revelado por Biden. O desprezo é uma emoção associada à superioridade e com reflexos nos processo cognitivos.
Biden Fraca expressividade facial, muitas situações com a boca semiaberta, dando quase a indicação de um ar “doente”, debilitado. Tem momentos em que ouve Trump sem qualquer expressividade facial. Pode ser um bom indicador de dificuldade de processamento cognitivo, de não conseguir ao momento decifrar o que lhe está a ser comunicado.

Voz:
Biden com voz trémula, o corpo acompanha com falta de dinâmica essa comunicação. Raramente utiliza a voz como auxílio para enfatizar o que pretende comunicar, muito monocórdico, muito apático, revela insegurança, falta de vínculo emocional na comunicação. A voz também é um potenciador do estado emocional e quando esta se mostra “fraca” é difícil haver dinâmica nos outros canais da comunicação.

Olhos:
Biden com pausas muito acentuadas, perdas de contacto ocular, a denotar processamento cognitivo mais pressionado. Tivemos vários momentos neste registo o que reforça a fraca capacidade de comunicação e de interação com o seu opositor.

Pior Momento:
Biden quando fala da Medicare exibe toda a sua debilidade na comunicação. Perda de contacto ocular; gaguez na fala, hesitação; voz trémula. Alta carga cognitiva a pressionar toda a sua comunicação. Seguida de um “blink” muito acentuado a corroborar essa situação. Pestanejamos de forma mais acentuada em resposta a momento por norma mais estáticos reveladores de emoções negativas, temas que não gostamos ou de grande pressão cognitiva ou emocional.