A neuropercepção e as escolhas políticas

A neuropercepção e as escolhas políticas.
A neuropercepção estuda como o nosso cérebro processa e interpreta informação sensorial. Este tema tem tido um crescente interesse em várias áreas que vão da comunicação, à liderança, do marketing à política, e neste último tema em concreto como escolhemos e como decidimos em quem votamos.
Um estudo interessante, suportado com ressonância magnética funcional (fMRI), mostra que uma área especifica no nosso cérebro é responsável pela recompensa e que é ativada quando vemos imagens dos candidatos com quem nos identificamos e que por norma apoiamos.
Outros estudos sugerem-nos que somos influenciados por fatores inconscientes, como as características físicas dos candidatos, como o tom de voz ou a linguagem corporal. Por exemplo, a altura do candidato sobrepõem-se a outras características de ordem estética, tendencialmente acho que pessoas mais altas possam ser mais dominantes e com maior capacidade de liderança [neste ponto em concreto, os principais candidatos apresentam alturas muito similares, [Pedro Nuno Santos 1,88; Luis Montenegro 1,86].
É a partir destas características que tomamos as nossas decisões relativamente a fatores como a confiabilidade, domínio, competência, entre outros.
São estes registos inconscientes que moldam a nossa percepção, a nossa decisão e que vinculam as nossas escolhas.
Um caso de estudo e um exemplo largamente divulgado foram as eleições EUA nos anos 60 [poder da comunicação e da aparência, o debate que fez mudar a tendência de voto dos americanos].