A Neuro Liderança

O processo de evolução tecnológica, a velocidade da digitalização e a expansão da inteligência artificial e da internet das coisas, deram início a uma nova era que afectará todos os sectores da sociedade, do político ao social, do corporativo ao familiar, toda a forma do “saber fazer” está a mudar, o que obriga a uma verdadeira revolução nas competências que as pessoas vão necessitar de adquirir.

Navegar nesta mudança é um desafio para todos nós e especialmente para os que ainda não estão “formatados” para gerir processos de mudança cada vez mais complexos, quer internos quer externos, que exigem uma nova visão do mundo. Cada vez mais, as organizações estão conscientes da importância do desenvolvimento das competências de liderança e, se até agora, estas chegavam para obter resultados, não serão mais suficientes no novo paradigma. A resposta está na Neuro Liderança.

A Neuro Liderança é um programa de formação que resulta de vários estudos sobre os novos desafios e que cruza competências que vão da Programação Neuro Linguística à Gestão dos Processos Emocionais, passando pelos novos Modelos da Comunicação.

Sabemos que as novas gerações dos millennials e dos Z´s ao longo da sua vida activa de trabalho, terão necessidade de adquirir novas competências pelo menos 3 vezes, ou seja, vão ter de adquirir competências para se adaptarem aos novos desafios que lhes vão sendo colocados e que o mundo lhes vai exigir. A inadaptação, a inflexibilidade, a resistência à transformação e à mudança, poderão em muitos dos casos significar perda do emprego.

Parece um problema de fácil resolução, contudo, uma grande maioria das pessoas, prefere um presente medíocre a um futuro incerto e desconhecido, mas potencialmente melhor. Quem está disposto a abraçar novos projectos imergindo no desconhecido? O medo da mudança continua a ser um factor crítico de sucesso e de risco em muitas organizações, necessitando de novas orientações e novos drives para ultrapassarem com sucesso os desafios que vão sendo colocados. O erro não é sinónimo de fracasso, pelo contrário, é fundamental para a aprendizagem.

Cada vez mais vamos ter que ser os comandantes da nossa vida. O empreendedorismo veio para ficar, e todo aqueles que vão ser empreendedores têm que estar conscientes, que a tentativa e erro não são um problema, desde que feitos de forma ponderada, e que esse erro não é uma falha sua, pelo contrário, mostra, criatividade, capacidade de inovação e ousadia. Silicon Valley apenas devolve cerca de 4% de projectos de sucesso!

Por outro lado, os avanços significativos da medecina dão-nos a indicação que teremos uma esperança de vida mais longa e com mais qualidade. Esta questão coloca um novo desafio, mais centrado no mesmo epicentro, ou seja, que competências necessitarão estes novos “seniores”, activos e com capacidade plena de execução para poderem desempenhar o seu papel contributivo na sociedade. Mais uma vez, a Neuro Liderança terá um forte impacto e será um factor decisivo nesta requalificação, pois vai permitir gerir quer bloqueios, quer crenças limitadoras no sentido de os tornar motivados para novos e atractivos desafios.

Pela primeira vez ouvimos falar em cerca de 14 fases da vida em vez das 4 que até aqui faziam sentido, (crianças, adolescentes, adultos e os seniores). Isto também nos obriga a pensar em como gerir estas gerações com lideranças distintas, adaptativas e de foco centrado nas novas necessidades, possibilitando a abertura de novos “mind set” que os possam fazer sentir realizados na execução de novas tarefas. Certamente assistiremos à aquisição de competências que visem essencialmente a satisfação dos seus melhores desejos. Não passará obrigatoriamente pela requalificação das competências existentes, assistiremos a mudanças 180º que, na maioria dos casos poderão levar à verdadeira realização pessoal. Poderá ser sem dúvida, uma fase em que as pessoas poderão, de facto, fazer o que as apaixona e não aquilo para o que a vida as empurrou.

Na Emotional Business Academy (E.B.A.) estamos atentos a todos estes desafios e a antever que caminhos e ferramentas necessitarão estes novos “activos” num futuro próximo (2025-2030). Estamos a antecipar o que será necessário para cada uma destas 14 novas fases de vida, todas elas com necessidade específicas. Como os vamos ajudar a gerir a mudança e como os poderemos preparar mental e emocionalmente para estes novos desafios, sempre na busca plena da realização, quer pessoal quer profissional.

Para a gestão desta monumental mudança, e percorrer os novos caminhos, criámos um programa que designámos de Neuro Liderança e rodeámo-nos dos melhores especialistas em áreas como a Programação Neuro Linguística, a Comunicação ou a Gestão dos Processos Emocionais, e cujo objectivo é antecipar todas as competências necessárias, que programas a oferecer e como o poderemos fazer. A nossa preocupação inicia-se com os adolescentes, sedentos de novas informações e gestão de novos modelos de aprendizagem, passando pelas competências a adquirir nas etapas de formação, ao acompanhamento nos processo de mudança no período activo de trabalho, terminando na requalificação ou reajuste de novas competências para novos desafios. Estamos muito conscientes quais devem ser as competências ao nível comportamental que estas novas gerações devem adquirir. Na grande maioria dos casos, esta requalificação é feita nas esferas mentais para poderem enfrentar os desafios com renovadas ambições e que estes processos sejam encarados como uma nova fase e não um reajuste apenas necessário.

Vamos rapidamente passar do paradigma da formação específica para o de aquisição de competências necessárias o que afectará áreas desde o ensino ao próprio sistema de contratação. O foco central dos novos activos vai ser na aquisição e estruturação de competências que visem enfrentar da melhor forma o que o mercado pede. Estamos na época da universalidade do conhecimento.

Dos vários estudos recentemente elaborados sobre quais as novas profissões do futuro, face aos já referidos avanços dos Processos de Digitalização e da expansão da Inteligência Artificial surge um que particularmente me apaixona – o Disruptivo Corporativo. Esta “nova profissão” visa executar uma mudança radical num determinado sector ou mesmo na totalidade da organização, reposicionando-a para enfrentar os novos desafios que o mundo global lhe coloca, podendo em muitos dos casos mudar radicalmente o core business da actividade, mantendo apenas os seus mais valiosos activos humanos. Este processo necessita obrigatoriamente de um treino mental e de uma organização que a Neuro Liderança está pronta para entregar – Gerir a mudança.

A Neuro Liderança vai liderar de forma disruptiva os processos de gestão de pessoas, pois no fulcro de todas estas alterações estão pessoas, e saber liderá-las nos contextos atuais são o grande novo desafio.

A actual forma de gerir e liderar os desafios a que estamos constantemente a ser expostos vão certamente levar-nos ao mesmo ponto onde nos situamos agora. Se procuramos respostas diferentes, temos obrigatoriamente que nos posicionar de forma diferente, e o futuro já não é compatível com o que até aqui tem sido feito.

O país está a viver momentos de tensão face a alguns factores críticos e quer o poder local quer o poder central necessitam de novos sistemas de liderança, de novos “saber fazer” para que a resposta também essa seja diferente e nos posicione onde de facto gostaríamos de estar.

Um dos casos mais flagrante atualmente, é o caso da gestão integrada de emergências a escala nacional e de grandes calamidades como os incêndios e sinistros de grande dimensões, que envolvem um conjunto muito alargado de meios humanos e materiais mas cuja eficácia fica muito além daquilo que seria desejável e com trágicas consequências para as populações e para o país. Tudo se resume à falta de liderança competente, ou melhor dito, à inexistência das novas competências necessárias para mobilizar pessoas e recursos materiais de forma eficaz e capazes de produzir resultados de excelência em condições de grande adversidade. É caso para dizer que” Casa onde não há aptidão de liderança, todos ralham e ninguém razão”. O exercício da liderança tornou-se mais relevante do que nunca, o saber trabalhar em rede, o saber coordenar “hubs” operacionais multiespaciais, o saber efetuar uma análise de dados em tempo real ao estilo big data, a saber recrutar profissionais que sejam “data scientists” com capacidades de análise quantitativa e qualitativa, implica um vasto conjunto de novas competências que devem ser aprendidas e interiorizadas pelas organizações e pelos seus dirigentes, é um caso de emergência nacional, temos que voltar a formar as pessoas nas novas competências.

Os factores que contribuem para o colapso de uma organização estão todos presentes, sistema de comunicações de emergência totalmente ineficiente (SIRESP) e com uma gestão totalmente incapaz, liderança partilhada com responsabilidades difusas, estruturas de intervenção delimitadas por fronteiras físicas (incompreensível num território como o português), insuficiência de meios inteligentes de gestão de informação, a ausência de um trabalho de pensar o território em conjunto e sobretudo a incapacidade de efetuar um planeamento integrado do país, sem egos, sem arrogâncias e sem preconceitos.

È caso para dizer, todos para a escola outra vez, é que saber fazer mudou e de forma definitiva.